terça-feira, 26 de maio de 2009

Pragas modernas: relacionamentos virtuais e Amelie Poulin

 

Acredito que a humanidade está prestes a não ter mais relacionamentos. E juro que  a culpa é toda da internet e da Amelie Poulin.

Parei com relacionamentos amorosos virtuais há 5 anos ( ler: http://diamonddog.multiply.com/journal/item/2/internetecatiii ). Conhecer alguém no orkut/fotolog/twitter/facebook e fingir que seremos um casal muito em breve sumiu da minha vida. Sai desse vício há tempos. Digo isso pois vejo muitos de meus amigos entretidos em se preocupar o tempo inteiro em stalkear diversos perfis (só eu tenho facebook, orkut, blog, twitter, página pessoal, lastfm, blip, meme, msn, gtalk, skype, flickr, fotolog, myspace e multiply!) para saber se a pessoa (que mora há 5 estados de vc) está fazendo tudo certinho.

O que as pessoas não enxergam é que qualquer um pode ser perfeito quando está do outro lado do computador. Você não sabe se a pessoa acorda de muito bom humor ou de mau humor. Por mais que você ligue, as pessoas fingem! Não dá para controlar nem quem está no mesmo bairro que você, imagina alguém que está há muitos kms de distância!

Aí as pessoas sofrem quando se conhecem. Porque os planos não batem, os amigos não se entendem, o beijo não é bem como deveria ser, o cheiro da pele incomoda. CLARO! Você começou um relacionamento com uma máquina, não com um ser humano!

E sofrem. E como sofrem.. Porque acabou o que foi idealizado sem nem ao menos ser concretizado.

Aí há 2001  Jean Pierre Jeunet manda ao mundo o filme “o Fabuloso destino de Amelie Poulain”, fazendo as pessoas “descobrirem” os pequenos sabores da vida. Derrepente tooodo mundo virou um apreciador de pequenos charmes, como mergulhar a mão em sacos de grãos ou atirar pedras na lagoa. Todos ficaram sensíveis e sonhadores.

Em resumo: um montão de gente que ficou encantada por cores lindas e que adoram se comparar à adorável heroína (que não diferente das outras acaba com o mocinho e são felizes para sempre..Mesmo ela sendo bem mongol [mallu magalhães é fã de amelie, aposto!]).

Tudo isso, claro, esquecendo uma das melhores frases do filme, dita pelo homem dos ossos de vidro: “Ela prefere imaginar uma relação com alguém ausente do que criar laços com aqueles que estão presentes.”.

Com isso.. Esqueçam relacionamentos virtuais. vivam a vida gostosíssima que está lá fora e parem com auto-piedade, reclamando que não tem ninguém na sua cidade que realmente preste. A frase é velha, mas verdadeira: a pessoa pode estar do seu lado.

 

(vale muito ler tbm http://www.sexonapontadalingua.com/2009/05/ja-me-apaixonei-por-um-cara-na-internet.html sobre relacionamentos virtuais. texto ótimo, blog ótimo.)

3 comentários:

Eric Novello disse...

Tudo que eu sei é que odeio a Amelie com todas as minhas forças. rs. Eric.

Hugo disse...

Não chego a odiar Amélie Poulain pq assisti sem dar um pingo de atenção ao filme, mas desprezo quem goste.. não por gostarem, mas pelo saudosismo retardado-mongol

Unknown disse...

Quem é mais mongol, aquele que assite a um filme e tenta absorver as qualiaddes do filme ou aquele que não consegue direcionar a atenção pro que faz? Reflita!